quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Consciência Negra

No samba, no batuque do axé, no carnaval, na cozinha, em outros, como a faxineira, o porteiro, o policial, o camelô, cadê, o médico, o professor, o advogado, o engenheiro, já podemos dizer, o presidente e o campeão de fórmula-1. Que bom que este dia chegou, declarar que o NEGRO está em lugar além do esperado e do que nos foi legado.

Quando discursamos sobre a trajetória da negritude é quase impossível não nos referir ao abandono herdado do regime escravista. Como não mencionarmos o passado, se esse é tão latente e faz com que a evolução seja a passos curtos e lentos. Não desgastar o discurso é inevitável, quando nos deparamos todos os dias com cenas, falas, e ações ainda tão racistas. Entrar numa sala e dar uma aula de 40 minutos para uma comunidade carente, não preciso citar o percentual de negros que a compõe, quando no bairro vizinho, alunos, em sua maioria branca, assistem a 50 minutos de aula. Sei que posso parecer exagerada mas como fingirei que não há apartheid social, quando vejo crianças negras morrendo na violência nossa de cada dia.

É dia de celebração, de festejo, sim, por isso congratulo com meus irmãos, de cor e sem cor, e espero assim como esperamos que o dia de amanhã seja melhor que o hoje.

Salve Zumbi!